- Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab deve segurar preço do ônibus em ano eleitoral
O orçamento da prefeitura para 2012, entregue nesta sexta-feira (30) para a Câmara Municipal, prevê investimento de R$ 4,6 bilhões, mais R$ 1,5 bilhão não aplicado neste ano. O valor somado é quase o triplo do que será efetivamente aplicado em 2011, diz o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Rubens Chamas.
Depois de rever as contas, a prefeitura gastará R$ 2,5 bilhões em investimentos --até o fim de agosto, foram R$ 1,3 bilhão-- dos R$ 5 bilhões que estavam planejados. Segundo Chamas, o investimento será menor do que estimado a princípio por causa de recursos que não entraram no caixa da prefeitura e também pela demora nas operações urbanas, que sofreram atraso para ter o projeto aprovado na Câmara.
A prefeitura pretende terminar a revitalização no Largo da Batata, na zona oeste da cidade, gastar R$ 120 milhões com recapeamento de ruas e cogita até construir três hospitais com recursos próprios. As unidades, que foram promessa de campanha do prefeito em 2008, estão travadas por problemas em viabilizar uma Parceria Público-Privada (PPP) para a obra.
Para reforçar o caixa e permitir todos esses investimentos, Kassab antecipará créditos futuros, como o valor que a prefeitura receberia dos moradores por débitos atrasados, através do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), e da concessão paga pela Sabesp para explorar o serviço de coleta e tratamento de esgoto da cidade.
A prefeitura espera receber cerca de R$ 800 milhões com a venda dos dois ativos, que serão vendidos por preço menor do que valeriam no futuro.
O orçamento de 2012 também prevê subsídio de R$ 660 milhões para manter o atual preço da passagem de ônibus. O acréscimo na tarifa em dezembro de 2010, de R$ 2,70 para R$ 3,00, gerou protestos contra Kassab no primeiro semestre do ano.
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