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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Rossi nega conhecer lobista e afirma que não cometeu irregularidades 'Estou pronto para qualquer tipo de investigação', disse ministro. Ministério da Agricultura é alvo de denúncias; secretário se demitiu.

Débora Santos Do G1, em Brasília
 O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, negou em entrevista nesta segunda (8) conhecer o lobista Júlio Fróes e afirmou que ele não tem sala exclusiva no ministério, conforme apontou reportagem da edição do último final de semana da revista "Veja".
Segundo a revista, Fróes utiliza uma sala no ministério para defender interesses das empresas que tem como clientes. A reportagem motivou o pedido de demissão do secretário-executivo do ministério, Milton Ortolan, auxiliar direto de Rossi. De acordo com a publicação, Ortolan mantinha relações com Fróes, o que ele nega.
Rossi disse que ainda avalia um novo nome para ocupar o cargo deixado pelo ex-secretário-executivo e lamentou sua demissão. De acordo com o ministro, Ortolan “se sentiu profundamente atingido, abalado e insultado” pela acusações. “Tentei que ele entendesse que seria mais conveniente para todos que ele se afastasse no período das investigações. Mas ele pediu a demissão em caráter irrevogável”, afirmou Rossi.
O ministro disse que determinou nesta segunda-feira a criação de uma comissão de sindicância para investigar as denúncias. A pedido de Rossi, foi indicado para chefiar a comissão o corregedor-adjunto da Advocacia-Geral da União (AGU), Hélio Saraiva Franca.
'Não conheço'
Rossi afirmou que o suposto lobista seria representante dos interesses da Fundação São Paulo, mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), que tem um contrato de R$ 9,1 milhões com o ministério para treinamento de pessoal. O ministro disse que recebeu da reportagem da revista uma fotografia de Fróes e que não o reconheceu.
Não conheço. Se ele entrar aqui eu não conheço"
Ministro Wagner Rossi, sobre o lobista, que, segundo revista, atua no ministério
Apesar de dizer que não se lembra do episódio, o ministro afirmou ser possível que tenha cumprimentado o suposto lobista na antessala do gabinete, pensando que seria um dos professores da fundação.
Segundo Rossi, o ex-secretário executivo do ministério, Milton Ortolan, que pediu demissão, conhecia o lobista.
“Não conheço. Se ele entrar aqui eu não conheço. O doutor Ortolan conhecia como uma pessoa que tratava dos interesses da fundação. Depois, ficaram sabendo que ele não era da fundação, mas prestava serviço para a fundação”, disse o ministro.
Rossi disse ainda que vai investigar as denúncias e afirmou lamentar a agressão sofrida pelo jornalista durante entrevista com o suposto lobista.
'Aqui, não há ilegalidade'
Indagado sobre sua permanência no cargo, Rossi respondeu que não cometeu irregularidades. "Estou pronto para qualquer tipo de investigação. Aqui não há ilegalidade, declarou.
"Ninguém apontou um fato ilegal que eu tivesse cometido. O ônus da prova é de quem alega. Eu respeito o direito de informar. Aqui, em todos os casos, serão tomadas as providências cabíveis. Não há nenhuma indicação aqui de qualquer ato ilegal que eu tenha cometido".
Ele disse que tem recebido apoio da presidente Dilma Rousseff, que, nesta segunda, reiterou a confiança no ministro e afirmou que ele "não está em questão" em relação às denúncias de irregularidades.
"Eu sou ocupante de um cargo de livre escolha da presidenta Dilma. A presidente Dilma tem me dado todos os motivos para que eu me sinta livre e confortável, e meu trabalho tem sido bem avaliado adequadamente", declarou.
Contratos
Rossi justificou o fato de ter contratado a Fundação São Paulo sem licitação. Segundo ele, o serviço prestado exige “grande expertise” e que não poderia obter numa concorrência por preço.
O ministro disse ainda que o contrato entre o ministério e a entidade, que vai até 2012, foi auditado e aprovado pela Controladoria-Geral da União. Segundo ele, mais de mil funcionários da pasta já foram qualificados por cursos da fundação e outros 6,5 mil ainda estão em treinamento.
O ministro deu explicações também sobre a denúncias de que teriam sido cobrados 10% para renovação do contrato de R$ 8 milhões da Gráfica Brasil com o Ministério da Agricultura.
Rossi afirmou que, ao ser alertado sobre a suposta irregularidade, determinou que fosse investigada e que nenhum gasto fosse feito. De acordo com o ministro, outra concorrência foi aberta e em fevereiro deste ano e uma nova gráfica foi contratada por um valor de R$ 4,4 milhões para prestar serviços à pasta.
Pressão política
Perguntado sobre uma eventual motivação política nas denúncias, Rossi citou os confrontos dentro do partido decorrentes da disputa pela Prefeitura de São Paulo, nas eleições de 2012 como uma possível razão.
“A futura eleição para prefeito de São Paulo tem criado polêmicas e confrontos com outras forças políticas. Não quero atribuir a isso a motivação, mas qualquer que seja a motivação, se houver acusações, eu responderei à altura, com documentos. Não sou capaz de identificar [os motivos] e não procuro também. É minha obrigação como homem público aceitar que a imprensa faça suas colocações”, disse o ministro da Agricultura.
Conab
Filiado ao PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, Rossi afirmou que não há ilegalidade na contratação de funcionários da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e afirmou que todos os atuais ocupantes de cargos na empresa são competentes e se enquadram nas exigências dos cargos.
Rossi admitiu que as indicações de diferentes partidos para cargos na Conab têm "criado problemas" e disse que está trabalhando para resolver isso.
"A Conab tem diretores de vários partidos e isso tem criado problema. Não posso negar. Hoje, sinto que há certa dificuldade de entendimento entre diretores e estou trabalhando nisso", declarou.
Sobre o uso de funcionários da Conab no Ministério da Agricultura e sobre a contratação de parentes de políticos, Rossi afirmou que não há ilegalidade nos dois aspectos. Segundo ele, mais de cem funcionários da Conab atuam no ministério, recebem salário pela estatal, sem adicionais ou vantagens extras por atuarem fora.
Rossi negou também que parentes dele atuem em cargos do governo. O ministro da Agricultura citou o caso do filho do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que é engenheiro agrônomo e trabalha na Conab.
“Não ponho, não aceito e não tenho nenhum fantasma. Não ponho funcionário na folha de pagamento do governo que não trabalhe, seja filho de quem for. Não há ilegalidade indicar qualquer pessoa desde que ela tenha competência. Não tenho nenhum parente em cargo qualquer em qualquer instância de governo e não faço essas indicações, mas considero absolutamente legítimo que as pessoas possam indicar pessoas que cumprirem todos os requisitos”, declarou.

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