Brasília - Depois do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) cometer a grosseria de sugerir que Dilma teria "amor homossexual", o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que o deputado deveria "pedir desculpas ao País por mais esse vexame". O petista, porém, disse que não cabe pedido de abertura de processo no Conselho de Ética. "Quando fala da tribuna da Casa, o deputado tem direito a imunidade parlamentar para manifestar suas opiniões", completou Vaccarezza.
Não é a primeira vez que Bolsonaro entra em polêmica ao se manifestar contra o combate à homofobia nas escolas. Em março deste ano, ele sofreu um processo no Conselho de Ética depois de uma declaração considerada preconceituosa à cantora Preta Gil. No entanto, o processo acabou arquivado.
Bolsonaro também já se envolveu numa discussão com a ministra Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos), quando ela exercia o mandato de deputada federal. Na oportunidade, ele chamou a colega de "vagabunda" durante uma entrevista a uma emissora de televisão enquanto se discutia a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.
A polêmica
Famoso por seu envolvimento em polêmicas, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) criticou na tarde desta quinta-feira as políticas pró-homossexuais do governo e questionou a sexualidade da presidenta da República, Dilma Rousseff.
“Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau!”, declarou na tribuna ao se referir ao kit anti-homofobia, cartilha feita pelo Ministério da Educação com intuito de combater o preconceito contra homossexuais nas escolas. A distribuição do kit foi suspensa por determinação da presidente.
O discurso foi repreendido pelo colega Alfredo Sirkis (PV-RJ), que disse ter presenciado palavras de ódio e preconceito. "Se entendi direito, faltou com o decoro parlamentar ao fazer insinuações a respeito da própria presidente da República, quando acho que a opção sexual de qualquer ser humano, deputado, é uma questão de foro íntimo”, explicou.
Segundo a assessoria de imprensa da Presidência da República, Dilma não se pronunciará sobre as declarações do deputado.
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